sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Em Busca da Racionalidade Perdida

Existe um enigma sobre as pesquisas eleitorais, como no caso do Cristovam Buarque em Brasília. O numero de votos era maior, contudo perdeu as eleições. A aprovação e a desaprovação de um governo não comparam dois ou mais candidatos. Essas falsas inconsistências levaram alguns levaram analistas a tão antiga acusação de que o brasileiro não sabe votar .Tal acusação virou um mito e um segmento importante da própria população .A população afirma que o povo não sabe votar .
Somente 50% e 47%dos brasileiros que concordam com a afirmação de que o povo não sabe votar. Uma das causas da teoria de que o brasileiro não sabe votar encontra-sena relação entre avaliação do desempenho das políticas públicas e a intenção do voto.
A democracia com participação ampliada à democracia depende da aceitação de que “os outros sabem votar”. Tanto quando em uma versão mais ampla como os brasileiros tanto quando na versão limitada ( os analfabetos) .Até 1989 o direito de votar não era para todos . A necessidade de se desfazer desse mito encontra-se nessa questão.
Esse trabalho de pesquisa de opinião serve para amenizar esses mitos e gerar alguns enigmas sobre a política brasileira. Essas pesquisas procuram combater os mitos da irracionalidade e da imprevisibilidade do eleitor brasileiro.Existe um paradoxo em relação a habitação,educação e transito. Que por vez alguns eleitores se definem por um candidato, mas em relação à outra coisa se define no outro. Mas em outros casos como emprego e renda ,os funcionários públicos e a segurança publica a população nuca esta satisfeita com nenhum dos lados (governadores)
A política publica pode ajudar muito, mas raramente, mas não necessariamente define o resultado de uma eleição. Podemos citar o exemplo do Roriz que é bastante popular devido a sua distribuição de lotes. Dando assim o apoio de quem aspirava uma moradia. Mas essa política posteriormente passou a ser questionada devido a alta taxa de crescimento demográfico e a criminalidade.
A população brasiliense tem um alto grau de preocupação com as avaliações das políticas publicas e a intenção do voto. Avaliando assim os candidatos que tem melhores políticas publicas. Não se pode dizer que o “voto” tem relação com o carisma do candidato, sem nenhuma relação com as características dos eleitores e seus interesses.
Existe muito preconceito em relação ao voto de uma pessoa analfabeta, ou seja, aos eleitores com menos instrução. Esse mito da irracionalidade supõe que as intenções do voto dessas pessoas sejam “menos racionais”. Tal preconceito que se encontra nos vanguardistas de esquerda. Dados mostram que na realidade não é bem assim, em cada um de cinco níveis educacionais existe varias correlações entre as avaliações do desempenho dos governantes em diferentes políticas públicas setoriais e a intenção do voto. As relações são elevadas em todos os níveis educacionais .Não encontramos maior intimidade entre avaliações e intenções de voto nos níveis educacionais mais altos.
Tais correlações nos mostram que esse mito de que os “brasileiros não sabem votar” não passa de um senso comum.
As variáveis que explicam a preferência por Roriz seriam: as políticas publicas implantadas. Em relação ao Cristovam o fator de preferência se dava pelo fator de avaliação de políticas publicas o nível de RA e a existência de, dentro dela, de novos assentamentos não são significativos. Já o principal fator da preferência por Arruda foi o fator 2 e o educacional .As preferências por Augusto Carvalho eram explicadas pelo nível educacional.

A avaliação de políticas publica é a conclusão da intenção do voto dos eleitores, no Distrito federal. Tais resultados antagônicos as outras áreas metropolitanas e os realizados durante a ditadura militar.
Na ditadura militar o peso de mudar ou programar uma política publica era pequeno, pois eles se encontravam no pensamento de sair da ditadura.
Alguns analistas leigos levaram a conclusão de que o brasileiro não sabe votar que a cultura cívica é inferior. Seriamos politicamente irracionais .Essa concepção está tão arraigada que poucos se deram o trabalho de justifica-la .